Há seis meses, Romarinho, filho do ídolo e tetracampeão mundial Romário, vive um dos maiores desafios da carreira: defender o UCSA, clube da segunda divisão da Ucrânia. O país enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022, mas, mesmo em meio a explosões e drones sobrevoando sua casa, o atacante garante que não pretende deixar o time.
Segundo o jogador, a decisão de atuar em território ucraniano partiu de Romário. “Quando surgiu a oportunidade, meu pai se amarrou na ideia, botou muita pilha para eu vir.” Romarinho disse que o pai teve mais iniciativa para que ele fosse a Ucrânia do que ele próprio.
Vida entre alarmes e treinos sob risco
Romarinho contou que já presenciou ataques durante o cotidiano no clube e até em sua própria casa. Ciente do ambiente hostil em que vive, ele afirmou que já se deparou com drones sobrevoando próximo a janela de sua casa. “Estava ouvindo barulho de explosões perto da minha casa. Vim na janela para filmar. Quando eu boto a cara, vejo um drone. Saí correndo e não voltei mais na janela”.
Mesmo com mais três meses de contrato, ele não pensa em sair da Ucrânia. Sua permanência é marcada pela rotina de sirenes de ataque e a constante tensão, mas o jogador garante que aprendeu a conviver com o cenário de guerra.
Série “Futebol na Guerra” mostra bastidores
As experiências de Romarinho foram registradas na série “Futebol na Guerra”, comandada pelo youtuber Cartolouco. Durante as gravações, alarmes chegaram a disparar ao lado da residência do atacante o que levou o youtuber a temer pela própria vida. No entanto, mesmo com o perigo do trabalho, ele disse que valeu a pena o sacrifício em prol do registro jornalístico.