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Segundo fontes próximas da investigação citadas pelo jornal, a bactéria salmonela foi detetada tanto em alimentos servidos durante a refeição de sábado passado como em amostras recolhidas ao pessoal que manipulou os produtos. Técnicos de Saúde Pública identificaram deficiências que podem levar à abertura de um processo legal contra o hotel. O foco da infeção poderá estar num prato de peixe e numa massa com espinafres servidos nesse dia.
As cozinhas do hotel permanecem encerradas desde domingo à tarde, sendo agora utilizados serviços externos de catering. No entanto, os hóspedes queixam-se de resposta insuficiente: os pequenos-almoços improvisados, compostos por um bolo, uma peça de fruta e uma garrafa de água, não correspondem ao serviço de pensão completa contratado.
Vários portugueses afetados relatam dificuldades e falta de apoio. A portuguesa Eliana Vieira, que chegou ao hotel no domingo, descreveu a situação como “um pesadelo”: “Estamos presos, assustados e sem qualquer apoio real. Esta devia ser uma semana de descanso e está a ser uma crise de saúde para todos nós”, conta ao Correio da Manhã. Estima-se que cerca de 400 portugueses estejam entre os hóspedes afetados, acrescenta o jornal Notícias de Coimbra.
O Hotel Izán Cavanna afirmou ao La Verdad que “até à data, não recebeu qualquer notificação sobre a abertura de expediente sancionatório, nem está oficialmente confirmado a origem do surto”. O estabelecimento garante estar a colaborar ativamente com as autoridades e ativou protocolos de desinfeção, mobilizando todos os recursos para atender os hóspedes afetados.
A Saúde Pública continua a realizar análises adicionais de alimentos, matérias-primas, utensílios e amostras do pessoal, com vista a esclarecer completamente a origem do surto. Os sintomas da salmonelose podem manifestar-se entre 12 a 72 horas após a ingestão de alimentos contaminados, incluindo febre, vómitos, diarreia e dores abdominais.