Os detalhes da investigação foram repassados pela Polícia Civil nesta quarta-feira (27). Conforme a delegada Elyenni Celida da Silva, a apuração concluiu que houve intoxicação pela toxina botulínica, proveniente de bactéria, tanto na vítima que morreu – uma idosa de 75 anos – quanto no casal de 23 e 24 anos, após a ingestão do alimento que estava impróprio para consumo. 

Por meio de depoimentos, a polícia concluiu que a padaria fabricava cerca de 30 tortas por “fornada”. Os alimentos poderiam ser vendidos congelados ou pré-assados. Segundo Elyenni, o estabelecimento apresentava condições impróprias para a produção, armazenado e venda. 

“Os alimentos não estavam devidamente acondicionados, alimentos crus com já fabricados, destampados, sem condições de refrigeração adequada. (…) A partir do momento em que um alimento contaminado entra em contato com outro, essa toxina é proliferada, aumentando os riscos para os consumidores”, destaca. 

Segundo a delegada, funcionários da padaria foram ouvidos e muitos deles eram informais, ou seja, trabalhavam como “freelancers”, e relataram que o padeiro responsável pela produção da torta ficou na função por apenas cinco dias, antes do caso de intoxicação.

“Uma condição totalmente irregular, os funcionários sequer sabiam da qualificação do padeiro. Isso ajuda a concluir para uma falta de respeito e cuidado com um local que vende alimentos”, afirma Elyenni.

Casal convive com sequelas da intoxicação

Segundo a polícia, o casal que também ingeriu a torta envenenada convive com sequelas da intoxicação por botulismo até os dias atuais. Os dois relatam ter perda de visão e falhas na coordenação motora. 

“Dificuldades neurológicas, problemas para caminhar e realizar as atividades diárias”, acrescentou a delegada. 

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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