247 – O embaixador adjunto da China nas Nações Unidas, Geng Shuang, afirmou que a verdade sobre as explosões do gasoduto Nord Stream não pode ser encoberta e defendeu que a investigação sobre o caso seja conduzida de forma transparente, sem motivações políticas. As declarações foram feitas nesta terça-feira (26), durante reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU solicitada pela Rússia, segundo o Global Times.

A verdade não deve ser encoberta, a investigação não deve ser politizada, incidentes semelhantes nunca devem voltar a acontecer e os responsáveis não podem ficar impunes”, declarou Geng Shuang em seu discurso. Ele reforçou que a comunidade internacional merece uma explicação clara sobre o episódio que abalou a infraestrutura energética europeia.

Três anos sem respostas concretas

As explosões que atingiram os gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 ocorreram em 26 de setembro de 2022, causando graves danos em três das quatro linhas que transportariam gás da Rússia para a Europa. O Nord Stream 2 ainda não estava em operação na época.

Na reunião, Geng destacou que, após as explosões, membros do Conselho de Segurança insistiram em dar tempo para que Suécia, Dinamarca e Alemanha realizassem suas próprias investigações nacionais. Contudo, três anos depois, não há conclusão clara nem divulgação completa da verdade.

“Durante muito tempo, a opinião pública teve de se apoiar apenas em vazamentos na mídia e especulações, o que é anormal”, observou o diplomata chinês.

Críticas à falta de transparência

O representante da China disse ter tomado nota da prisão de um suspeito e da carta conjunta enviada por Alemanha, Suécia e Dinamarca ao Conselho de Segurança da ONU sobre o assunto. No entanto, afirmou que tais medidas são insuficientes diante das dúvidas e preocupações da comunidade internacional.

Geng Shuang afirmou esperar que a Alemanha acelere o processo de investigação e julgamento, divulgue os avanços e resultados por canais oficiais e fortaleça a cooperação com as partes diretamente afetadas. Ele também pediu que o Conselho de Segurança continue acompanhando o caso.

Pressão internacional por respostas

As explosões do Nord Stream tiveram repercussões políticas e econômicas globais, levantando suspeitas e teorias diversas sobre os responsáveis. Para a China, a falta de respostas concretas ameaça a credibilidade das investigações e reforça a percepção de politização do tema.

Segundo Geng, “a comunidade internacional merece uma explicação” sobre o ataque que comprometeu um dos principais corredores energéticos do mundo.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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