Fortes chuvas provocaram um deslizamento de terra em uma famosa rota de peregrinação hindu na região de Jammu, no norte da Índia, matando pelo menos 30 pessoas, informou a agência de notícias ANI nesta quarta-feira (27).
As enchentes levaram as autoridades a emitir alertas para que as pessoas fiquem em casa durante a noite.
Autoridades meteorológicas preveem mais chuva e tempestades com rajadas de vento para a região montanhosa de Ladakh, enquanto chuvas fortes devem atingir o território federal de Jammu e Caxemira.
As autoridades lutavam para restaurar os serviços de telecomunicações, que era “quase inexistente”, disse Omar Abdullah, ministro-chefe do território.
O deslizamento de terra de terça-feira (26), perto do santuário de Vaishno Devi, na rota dos peregrinos, matou pelo menos 30 pessoas, informou a ANI, empresa na qual a Reuters detém uma pequena participação.
Foi o desastre mais recente causado por chuvas torrenciais na região do Himalaia, que mataram 60 pessoas e deixaram 200 desaparecidos em Kishtwar, na Caxemira indiana, na semana passada.
As autoridades também ordenaram o fechamento de instituições de ensino em Jammu, que, segundo autoridades meteorológicas, foi inundado com 368 mm de chuva na terça-feira.
Os rios Tawi, Chenab e Basantar transbordaram além dos níveis de alerta, causando inundações em áreas baixas, informou Rakesh Kumar, autoridade do distrito de Jammu, a repórteres.
Imagens de televisão mostraram veículos caindo em um grande buraco após o desabamento de uma ponte sobre o rio Tawi, enquanto algumas rodovias que ligam Jammu ao restante da Índia também foram danificadas.
O vizinho da Índia, o Paquistão, também tem enfrentado chuvas de monções nas últimas semanas.
Na terça-feira, o Paquistão afirmou que sua extensa província oriental de Punjab enfrenta um risco “muito alto a excepcionalmente alto” de inundação devido a uma combinação de fortes chuvas e à decisão da Índia de liberar águas de duas represas.
O número de deslocados na província agora ultrapassa 150 mil, incluindo quase 35 mil que saíram voluntariamente após alertas de enchentes desencadeados por fortes chuvas desde 14 de agosto, disseram autoridades.