[Nemésio Barxa]
Terrível o monte queimado e mais terrível ver as gentes que ficarem sem suas casas, incendiadas, que viam impotentes como perdiam toda sua vida passada e incuso seu futuro, como lutavam contra o lume na defensa do próprio e dos vizinhos, abandonados em muitos casos de ajuda de médios de extinção. De novo os voluntários mostraram sua solidariedade. Mas temos que desbotar o boato de que o povo salva o povo; um povo desorganizado pode ser um atranco para os trabalhos e um perigo próprio; ajudar, mas organizados e com instruções de alguém que entenda; ainda que, realmente, quando as Administrações ficam ausentes algo haverá que fazer. Isto nos leva as acusações reciprocas entre PP e PSOE sobre responsabilidades, quando as competências nesta matéria são das comunidades autónomas, sendo do PP as afetadas. Mas não é momento de discutir responsabilidades, é urgente apagar os incêndios, impedir sua propagação e prestar ajuda suficiente aos danificados, proporcionar-lhes teito digno e médios de subsistência polo menos. Depois restaurar o que seja aproveitável e prestar a ajuda necessária e suficiente para que os afetados recuperem sua vida anterior, no possível. Do insuficiente som exemplos a ajuda post-desastre vulcânica de Canarias e a DINA valencià. E tempo haverá para falar de responsabilidades, tanto políticas como penais das Administrações, além das individuais de incendiários. Inclusive da desinformação da situação das zonas e superfícies queimadas por parte de RTVG.
