A Espanha enfrenta mais uma onda de calor extremo, que tem favorecido a propagação de incêndios em diferentes regiões do país. As chamas não afetam apenas a vegetação e áreas agrícolas, mas também atingem estruturas construídas, incluindo instalações de energia solar.
Em locais onde antes existiam extensos campos de oliveiras, a substituição por grandes usinas fotovoltaicas aumentou a vulnerabilidade do território. A mudança no uso do solo modificou o microclima local, reduziu barreiras naturais contra o fogo e ampliou a propagação das chamas.
Embora os painéis solares sejam projetados para suportar altas temperaturas, especialistas alertam que a combinação de calor intenso, materiais inflamáveis no entorno e eventuais falhas elétricas pode favorecer a ignição. Esse cenário agrava os impactos das ondas de calor, cada vez mais frequentes no Mediterrâneo.
Os episódios reforçam os desafios da transição energética em regiões sujeitas a extremos climáticos, colocando em evidência a necessidade de novas estratégias de gestão de risco ambiental e de adaptação das infraestruturas renováveis.
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