O incêndio que atingiu um silo de grãos às margens da BR-116, em Arroio Grande (RS), há cerca de um mês, acendeu um alerta sobre a fragilidade da infraestrutura de armazenagem no agronegócio brasileiro. O episódio reforça as preocupações em torno da supersafra de soja de 2025, que pode expor produtores a riscos operacionais e financeiros ainda maiores caso não sejam adotadas medidas de prevenção e proteção.

Com expectativa de superar 170 milhões de toneladas nesta temporada, o Brasil enfrenta um déficit de aproximadamente 50% na capacidade de armazenagem de grãos. Na safra anterior (2023/2024), segundo a Conab, a produção foi de 155,4 milhões de toneladas. O crescimento acelerado da produção, sem expansão proporcional da infraestrutura, aumenta a pressão sobre silos e armazéns, ampliando o risco de perdas.

A situação é mais crítica no Sul do país, onde parte das estruturas de armazenagem é antiga e o volume de produção continua em alta. Além disso, eventos climáticos extremos e o armazenamento prolongado de grãos elevam a vulnerabilidade a acidentes, como o de Arroio Grande.

Segundo André Lins, vice-presidente de Agro da Alper Seguros, o desafio é estrutural, afirmando que o espaço físico disponível não acompanha o crescimento da produção. “Essa limitação pode impactar toda a cadeia, desde a estocagem até a comercialização, e gera uma exposição muito maior aos riscos”. 

Ele ainda explicou que, além do risco de incêndio, há riscos de explosões. “Estamos falando de ativos altamente inflamáveis. A poeira da soja, por exemplo, pode provocar explosões em contato com o oxigênio, exigindo cuidados técnicos rigorosos no armazenamento.”, disse.

Além do impacto sobre a segurança, o cenário representa risco financeiro direto. Para Lins, o seguro rural e patrimonial tem se consolidado como ferramenta essencial para a proteção do produtor.

“O seguro é uma camada estratégica de proteção. Muitos acreditam que estocar a soja basta, mas esquecem que, até a venda e o escoamento, há um intervalo de exposição. Um sinistro pode comprometer toda a rentabilidade da safra”, reforçou.

Ele acrescentou que será necessário ampliar limites de cobertura e revisar apólices já contratadas para adequá-las ao novo volume de produção. Entre as proteções mais indicadas estão seguro contra incêndios, explosões, deterioração, danos estruturais e sinistros em silos e armazéns.

A Alper atua não apenas como corretora, mas também como consultoria estratégica, desenhando proteções personalizadas de acordo com o perfil de risco de cada cliente. Para a companhia, a competitividade do agro passa não apenas pela produtividade, mas pela capacidade de proteger o que foi produzido.

Para conhecer mais sobre as soluções da Alper para o agronegócio, acesse: www.alperseguros.com.br.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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