Desde a última sexta-feira (15), o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) registrou o encalhe em massa de mais de 350 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) na região da Ilha Comprida, no litoral de São Paulo.
Segundo o IPeC, os animais foram encontrados já sem vida e em estágio avançado de decomposição, o que impossibilita a identificação da causa exata de morte.
No entanto, como hipótese para essas mortalidades, é possível citar os efeitos da migração por longas distâncias, dificuldade em encontrar alimento, parasitoses, quadros infeciosos e a interação com a pesca.
Monitoramento do IPeC e população

O IPeC por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), segue monitorando e registrando essas e as demais ocorrências nas praias de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia.
Em publicação no Instagram, o instituto pede à população para entrar em contato caso encontre algum animal marinho debilitado na região informada. Os telefones são:
- Telefones: (13) 3851-1779 e 0800 642 33 41; e
- WhatsApp: 13 99691-7851.
Pinguim comum na região
Em entrevista ao g1, o biólogo Eric Comin explicou que o pinguim-de-magalhães — que possui esse nome em homenagem ao explorador português Fernão Magalhães — é comum na região.
A alimentação da espécie é baseada de pequenos peixes, lulas e crustáceos. Esses pinguins conseguem mergulhar até 50 metros de profundidade para buscar comida.
Segundo o especialista, a principal ameaça aos animais é a contaminação do oceano, seja por banhistas ou navios, pois dificultam a habilidade dos pinguins de nadar.