FDA afirmou que esses frutos do mar contaminados não chegaram a circular, mas que medida é preventiva

20 ago
2025
– 14h11

(atualizado às 14h57)

Resumo
A FDA alertou sobre camarões vendidos no Walmart com possível contaminação por Césio-137, mas garantiu que os lotes não chegaram às prateleiras e investiga a causa.




Imagem ilustrativa de camarões congelados em geladeira

Imagem ilustrativa de camarões congelados em geladeira

Foto: Richard Ross / Getty Images

A Foods and Drugs Admnistration (FDA), órgão responsável pela vigilância sanitária dos Estados Unidos, alertou nesta terça-feira, 19, que lotes de camarões vendidos pela rede de supermercados Walmart em 13 Estados podem estar contaminados com Césio-137 (Cs-137), um material radioativo que pode ser tóxico para a saúde humana.

A FDA, porém, afirmou que os lotes que registraram presença do químico não foram parar nas prateleiras, no entanto, o alerta serve como forma de prevenir qualquer eventual consumo de alimentos tóxicos.

“Bahari Makmur Sejati (empresa que embala os camarões) viola a Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos, pois parece ter sido preparado, embalado ou mantido em condições insalubres, podendo ter sido contaminado com Cs-137 e representar um problema de segurança”, diz o documento.

A FDA continua investigando a situação, mas ainda não há explicações da causa da contaminação.

O Césio-137 é um radioisótopo de césio que é feito pelo homem através de reações nucleares e é amplamente difundido em todo o mundo, traços de Cs-137 podem ser encontrados no meio ambiente, incluindo solo, alimentos e ar. 

O principal efeito preocupante para a saúde após exposição é o aumento do risco de câncer, resultante de danos ao DNA das células vivas do corpo. O ser humano que entra em contato com o Cs-137 também pode apresentar síndrome de radiação aguda, que inclui náuseas, vômitos, diarreia, sangramento, coma e até mesmo morte em casos de exposições muito altas.

Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 em Goiânia, capital do Estado de Goiás. O manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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