O contato com a ameba pode causar meningoencefalite amebiana primária, uma infecção cerebral rara e fatal

Autoridades de saúde da Austrália estão em alerta após a identificação de uma ameba comedora de cérebro rara e potencialmente perigosa. A Naegleria fowleri foi detectada no abastecimento de água potável de um condado do sudoeste de Queensland.
Testes estão sendo realizados para determinar a extensão da contaminação. As informações preliminares dão conta de que água ainda é segura para beber, mas a recomendação é ela não entre em contato com o nariz.

Ameba pode causar meningoencefalite amebiana primária
O Conselho de Murweh Shire emitiu o aviso após encontrar sinais da ameba no abastecimento de água potável para Charleville e Augathella. A Naegleria fowleri pode ser encontrada em água doce e solo não tratados, preferindo temperaturas entre 25 e 40ºC.
O contato com ela pode causar meningoencefalite amebiana primária, uma infecção cerebral rara e que pode ser fatal. A contaminação acontece apenas quando a água infectada entra no nariz, de onde segue em direção ao cérebro.

Apesar dos riscos, as autoridades australianas deixam claro que não é possível se infectar ao usar a água para beber, cozinhar ou lavar roupas, por exemplo. Não houve nenhum caso confirmado após o mais recente alerta. As informações são do portal ABC.
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Crianças são mais vulneráveis
- Desde 2000, houve cinco casos confirmados de meningoencefalite amebiana primária na Austrália.
- Todos resultaram em morte.
- Segundo os médicos, as crianças são mais suscetíveis à infecção.
- Os primeiros sintomas geralmente aparecem dentro de três a sete dias após a contaminação.
- Eles incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, confusão, sonolência, dor de garganta, náuseas e vômitos, alucinações, distúrbios do paladar e olfato e convulsões.
- A recomendação é procurar atendimento urgentemente.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.