Tete (Moçambique), 16 Ago (AIM) – A Ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, exortou hoje (16) a tomada de medidas necessárias para a prevenção da propagação do Mpox durante a realização das celebrações da XII edição do Festival Nacional da Cultura (FNC), que inicia segunda-feira na cidade de Tete, capital da província homónima.
“Estamos numa fase desafiadora e todos já ouvimos que há uma doença chamada Mpox e que nos atrapalha. Qualquer um de nós pode ficar doente, mas quando sentimos algum incómodo temos que nos aproximar aos nossos médicos, enfermeiros ou agentes de saúde, pois isso é o que é mais importante”, disse Tovela.
Samaria Tovela falava durante uma visita ao campo que será palco da sessão inaugural e onde testemunhou mais uma sessão de ensaios dos grupos que deverão apresentar manifestações culturais diversas.
A governante disse ainda que a presente edição do FNC, cujas festividades arrancam segunda-feira próxima, deve ser um momento de exaltar a moçambicanidade e a manifestar o espírito de unidade ao mundo inteiro.
Por sua vez, a Secretária do Estado da Educação e Cultura, Matilde Muocha, assegurou que a equipa organizadora do Festival Nacional da Cultura está a tomar todas as medidas necessárias para evitar que as festividades se tornem num foco de transmissão do vírus.
“(O Mpox) é uma preocupação muito grande. Todos os nossos centros de acomodação, incluindo os locais de espectáculos estão munidos de postos de saúde. Todo o sector de saúde da província está activo, incluindo a Cruz Vermelha”, assegurou.
Acrescentou que cada delegação provincial presente no festival integra um profissional de saúde entre técnico e médico.
“O maior mecanismo de gerir esta situação é a prevenção. Reforçar as medidas de higiene e segurança, garantir a difusão de informação, para que todas as pessoas possam saber reportar e reforçar a capacidade de atenção”, disse Muocha.
Tete ainda não tem nenhum caso recente confirmado de contaminação pelo Mpox, mas a província faz fronteira com as províncias de Niassa e Manica, a norte e sul, respectivamente, ambas descritas pela Direcção Nacional de Saúde Pública como sendo grandes focos de contaminação pelo vírus.
Dos 38 casos positivos confirmados até segunda-feira última (10), 33 foram registados na província do Niassa (distritos de Lago e Marrupa) e Manica (cidade de Chimoio e distrito de Machaze).
Contudo, segundo a Direcção Nacional de Saúde Pública, mais da metade dos casos confirmados já estão recuperados e os indivíduos já receberam alta domiciliar.
As Autoridades Sanitárias explicam que a Mpox é uma doença zoonótica (transmitida de animais para o homem) de origem viral e é, em geral, autolimitada. Portanto, vai começar e vai terminar.
(AIM)
SC/sg
