Um surto de botulismo na Calábria, Itália, resultou em duas mortes e 17 internações. As vítimas, um músico de 52 anos e uma mulher de 45, faleceram em 6 de agosto após consumir um sanduíche de brócolis e linguiça. As autoridades suspeitam que a contaminação tenha ocorrido por meio de uma conserva de “cime di rapa”, um vegetal semelhante ao brócolis.
Investigações iniciais indicam que o food truck onde os alimentos foram vendidos apresentava falhas no armazenamento. O veículo ficou exposto ao sol durante todo o dia, o que pode ter favorecido a proliferação da bactéria Clostridium botulinum. O Ministério Público local determinou o recolhimento dos lotes suspeitos e o fechamento temporário do estabelecimento.
A intoxicação por botulismo é grave, pois a toxina produzida pela bactéria pode causar paralisia muscular, afetando até a respiração. O médico Alexandre Naime, chefe do Departamento de Infectologia da Unesp, alerta que a contaminação está frequentemente ligada a alimentos mal conservados, especialmente conservas que não foram adequadamente esterilizadas.
O tratamento do botulismo envolve a administração de um soro antibotulínico, que deve ser aplicado o mais cedo possível para neutralizar a toxina. A falta de diagnóstico precoce pode agravar o quadro clínico, dificultando a recuperação. O médico ressalta que, com tratamento adequado, as chances de sobrevivência aumentam, mas a recuperação pode ser lenta e exigir fisioterapia.
Para prevenir o botulismo, é essencial garantir a higiene no preparo e armazenamento dos alimentos. O controle da acidez e a esterilização correta dos recipientes são fundamentais para evitar o crescimento da bactéria. Além disso, é importante descartar alimentos que apresentem sinais de deterioração, como tampas estufadas ou odores alterados.