Dois dias após a explosão na fábrica Enaex Brasil, em Quatro Barras, equipes das forças de segurança e salvamento do Paraná seguem mobilizadas para identificar as vítimas do acidente.
Mais de 50 profissionais do Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Polícia Científica e Polícia Civil atuam na varredura da área, dividida em nove quadrantes, com apoio de equipes da empresa e de voluntários.
IDENTIFICAÇÃO
Os trabalhos seguem protocolos da Interpol para Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), garantindo precisão e respeito no processo. A Polícia Científica realiza diariamente a coleta de vestígios, enquanto a Polícia Civil investiga as circunstâncias do acidente.
O Paraná solicitou apoio técnico de outros estados por meio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), utilizada em ocorrências como Brumadinho, as chuvas no Rio Grande do Sul e o acidente aéreo de Vinhedo.
“É um trabalho muito difícil pela quantidade de vestígios que estamos encontrando. Com essa solicitação aos outros estados, vamos garantir agilidade no processamento das informações para as famílias”, afirmou Luiz Rodrigo Grochocki, diretor-geral da Polícia Científica do Paraná.
Foto: SESP-PR
BUSCAS
As operações se estendem também a edificações próximas ao perímetro e áreas de mata. A capitã Luisiana Cavalca, porta-voz do CBMPR, informou que uma cratera de mais de três metros foi aberta no epicentro da explosão.
“Foi feito um plano de ação com ampliação da área de procura de vestígios. Houve muita movimentação de terra que pode conter elementos que a Polícia Científica precisa coletar. As buscas continuarão até a conclusão do processo”, disse.
Foto: SESP-PR
OPERAÇÃO
O Batalhão de Operações Especiais (BOPE), por meio do Esquadrão Antibombas, realizou os primeiros trabalhos na manhã de terça-feira, 12, para liberar o espaço com segurança. A Polícia Civil e a Polícia Militar seguem dando suporte às ações.
Foto: SESP-PR
Segundo o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o objetivo é concluir a identificação dos nove trabalhadores o mais rápido possível.
“Operações em desastres são cautelosas e demandam grande esforço. As forças de segurança estão dedicadas e seguimos firmes com todo o suporte necessário”, afirmou.