Pesquisadores descobriram que os animais descendentes dos afetados por Chernobyl são geneticamente distintos de outros grupos no país ou pela Europa. Situados em uma região relativamente isolada pelas consequências do desastre, 77% dos cães são parentes uns dos outros. Para o estudo, 15 famílias distintas foram identificadas.

Quanto mais próximo à usina uma alcateia vive, menos traços genéticos de cães modernos os animais possuem. Isso indicou que eles são descendentes de poucos indivíduos, além de viverem e se reproduzirem praticamente confinados neste ambiente há mais tempo, apontou análise publicada na revista científica Science Advances em 2023.

Mas cães não estão mais protegidos do câncer

Pesquisadores queriam entender se os animais sobrevivem na área inóspita graças a mutações genéticas que previnem a formação de câncer. A doença afetou (e até vitimou) uma fatia expressiva dos humanos expostos à radiação de Chernobyl nas décadas seguintes.

Mas as mutações induzidas pela radiação não criaram diferenças entre as populações de cães de Chernobyl e aquelas mais distantes do epicentro do desastre. A segunda fase de estudos revelou que os cães de Chernobyl, apesar de aparentados, possuíam similaridades essenciais com cães russos ou poloneses.

Apesar de esta população de cães estar mais de 30 gerações distantes daquela presente durante o desastre de 1986, mutações poderiam ainda ser detectáveis se elas conferiram uma vantagem de sobrevivência aos cães originais. Mas não encontramos nenhuma evidência disso nestes cães. Matthew Breen, professor de oncologia genética da Universidade Estadual da Carolina do Norte e um dos participantes do estudo

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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