A explosão da população de gatos selvagens em Fire Island, Nova Iorque, está causando sérios impactos no ecossistema local. Desde 2015, quando uma epidemia de sarna dizimou raposas, os principais predadores naturais, o borrelho-assobiador, uma ave que nidifica no solo, enfrenta um novo e perigoso predador: os gatos selvagens.
O aumento desses felinos é impulsionado por travessias facilitadas por pontes e abandono por seres humanos.
O efeito sobre a biodiversidade local é imediato, com taxas de predação do borrelho-assobiador superando aquelas observadas durante o auge da população de raposas. O manejo inadequado da fauna local agrava o problema. Autoridades e grupos ambientalistas estão agora mobilizados para aliviar essa pressão sobre o ecossistema.

Os gatos selvagens representam uma ameaça significativa à biodiversidade global. Estudos apontam que esses felinos são responsáveis por perdas expressivas na população de vertebrados em muitas regiões, principalmente quando predadores naturais são removidos.
Na Austrália, por exemplo, medidas extremas, como o uso de robôs, foram adotadas para controlar a população desses gatos invasores e proteger espécies ameaçadas.
A experiência australiana ilustra a urgência em implementar soluções eficazes em locais vulneráveis como Fire Island. Sem intervenção, a extinção de espécies nativas por predação é uma ameaça tangível. Esforços de conservação devem ser contínuos e apoiados por pesquisas robustas.
A biodiversidade em Fire Island não é única vítima da presença de gatos selvagens. Estudos indicam que esses animais causam perdas semelhantes em diversas partes do mundo. Espécies endêmicas, sem histórico evolutivo com predadores como os gatos, são particularmente suscetíveis à extinção.