Caçadores encontraram carcaças de animais selvagens mortos com indícios de contaminação por veneno de rato




Ao longo dos séculos, parte dos javalis foi domesticada e se tornou porcos domésticos comuns em fazendas. Além disso, ocorreu a reprodução entre os javalis selvagens e os porcos domésticos, resultando em uma linhagem híbrida conhecida como

Ao longo dos séculos, parte dos javalis foi domesticada e se tornou porcos domésticos comuns em fazendas. Além disso, ocorreu a reprodução entre os javalis selvagens e os porcos domésticos, resultando em uma linhagem híbrida conhecida como “javaporco”.

Foto: Andreas Lischka por Pixabay / Flipar

O Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia (CDFW, sigla em inglês), nos EUA, emitiu um alerta sanitário para contaminação por veneno de rato após caçadores encontrarem porcos selvagens com carne azul. As autoridades suspeitam que os animais tenham ingerido um anticoagulante chamado diphacinone, usado para matar roedores.

Alguns animais apresentam a mudança na coloração da carne e dos órgãos, enquanto outros se contaminam sem ficar azuis por dentro, o que dificulta a identificação. O CDFW afirma que outros animais, como gansos, javalis, veados e até ursos, podem ter se envenenado com a substância diretamente, com armadilhas e iscas, ou por meio dos restos deixados por outros bichos. 

Segundo a autoridade, os primeiros registros do caso são de março deste ano. O alerta foi direcionado principalmente para os caçadores e moradores do condado de Monterey, onde houve mais registros. A recomendação é que a carne de animais caçados seja descartada e não deva ser consumida sob nenhuma hipótese já que a tonalidade indica envenenamento. 



Substâncias como a diphacinone contem corantes para que sejam identificadas como veneno

Substâncias como a diphacinone contem corantes para que sejam identificadas como veneno

Foto: Reprodução: California Department of Fish and Wildlife

A substância impede que o sangue coagule, o que leva a hemorragias internas. As partes internas dos animais ficam azuis neon e a substância tende a se acumular no estômago e no fígado dos animais. O consumo de uma pequena dose do diphacinone já é considerado tóxico, mas um animal contaminado pode viver vários dias antes de ser morto pelo veneno. 

Predadores ou pessoas que se alimentem da carne de animais contaminados podem sofrer com exposição secundária à toxina, que pode permanecer nos tecidos do bicho por semanas após a ingestão. 

Segundo Dan Burton, dono de uma empresa de controle de animais selvagens, a cor é de um azul estridente, difícil de confundir. “Não é um azulzinho qualquer. É azul neon, azul de mirtilo mesmo”, contou ao jornal Los Angeles Times.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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