Porcos selvagens no Condado de Monterey, Califórnia, foram encontrados contaminados com o raticida anticoagulante difacinona, resultando em carne com coloração azul. O alerta foi emitido pelo Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia (CDFW) após a descoberta feita por Dan Burton, proprietário da Urban Trapping Wildlife Control. Em julho, ele capturou centenas de porcos e notou a coloração peculiar em um deles, descrevendo-a como “azul neon, azul mirtilo”.

A investigação do CDFW revelou a presença do veneno no estômago e fígado de um dos animais. A difacinona é amplamente utilizada na agricultura para controlar pragas, mas sua exposição à vida selvagem levanta preocupações. O departamento destacou que a contaminação pode ocorrer quando animais selvagens ingerem iscas raticidas ou outros animais que já foram envenenados.

Riscos para Caçadores

O CDFW recomendou cautela aos caçadores, alertando que a carne de animais como javalis e veados pode estar contaminada. Ryan Bourbour, coordenador de Investigações de Pesticidas do CDFW, enfatizou que “os caçadores devem estar cientes dos riscos potenciais”. A contaminação pode resultar em efeitos adversos para predadores e humanos que consomem carne de animais afetados, uma vez que o veneno pode permanecer nos tecidos por um período prolongado.

Estudos indicam que a difacinona pode exigir múltiplas exposições para causar toxicidade, mas os sintomas, como letargia, podem ser notados em quem consome carne contaminada. Além disso, um estudo de 2011 alertou que cozinhar a carne não elimina o veneno, recomendando que a carne de porcos de áreas com controle ativo de roedores seja evitada.

Contaminação e Proibições

Burton investigou a origem da contaminação e observou que os porcos estavam atacando estações de iscas destinadas a esquilos. Ele notou que os animais, pesando entre 45 e 90 quilos, não morreram imediatamente, pois o veneno é projetado para animais menores e não age rapidamente. A difacinona é proibida em grande parte da Califórnia, exceto para uso por profissionais certificados ou em áreas agrícolas, com uma nova lei que visa proteger a vida selvagem entrando em vigor em 2024.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *