Olga Cherevko, funcionária do Ocha, relatou que a equipe encontrou “dezenas de milhares de pessoas famintas e desesperadas” após esperar duas horas e meia em um posto israelense. Tropas dispararam a centímetros da multidão, que corria em direção aos caminhões sob tiros. Pacotes de comida caíam dos veículos devido ao carregamento precário.
O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos nos Territórios Palestinos informou que mais de 1.370 palestinos morreram durante distribuições de ajuda desde maio. A maioria das vítimas era homens e jovens, sem indícios de envolvimento em hostilidades. Israel admitiu mortes, mas afirmou revisar protocolos.
A Fundação Humanitária de Gaza (FHG), apoiada por Israel e EUA, substituiu a logística da ONU em maio. A entidade nega mortes em seus pontos de distribuição e alega maior eficácia. Enquanto isso, a ONU critica as restrições israelenses, que permitem a entrada de apenas 140 caminhões diários, um quarto do necessário.
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