A China revelou o desenvolvimento de uma bomba de grafite capaz de neutralizar por completo o fornecimento de eletricidade numa cidade em apenas alguns segundos — sem provocar explosões ou danos estruturais.
A novidade foi divulgada num vídeo oficial da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), organismo estatal responsável por projetos aeroespaciais e de defesa, revela o ‘elEconomista’.
Este tipo de arma, que não é uma invenção totalmente nova, já foi utilizada pelos Estados Unidos durante os conflitos no Iraque e na Sérvia na década de 1990. No entanto, a versão apresentada agora pelas autoridades chinesas representa uma evolução significativa, com maior precisão, alcance e sofisticação tecnológica.
O funcionamento da bomba assenta na dispersão de centenas de cilindros que libertam, no ar, filamentos de carbono tratados quimicamente. Ao entrarem em contacto com subestações e transformadores, estes filamentos provocam curtos-circuitos que deixam a rede elétrica inoperante numa área de, pelo menos, 10.000 metros quadrados. O impacto pode ser ainda maior em zonas interligadas, afetando vastas áreas urbanas.
A arma é lançada como um projétil, mas não detona como uma bomba convencional. O seu principal trunfo reside precisamente no facto de não causar destruição física, o que levanta dúvidas sobre qual seria a resposta militar adequada a um eventual ataque — um fator que aumenta o seu potencial de desestabilização.
Além disso, a resolução do apagão não é imediata. Para restaurar o fornecimento de energia, seria necessário remover todos os filamentos de carbono da infraestrutura afetada, o que prolonga significativamente os efeitos do ataque.
Segundo o vídeo oficial, a nova bomba chinesa pode atingir alvos até 290 quilómetros de distância, com orientação por satélite para maximizar o impacto, localizando os pontos mais frágeis da rede elétrica.