Novo Acordo de Mariana prevê ações estruturais em 200 cidades mineiras afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão
GOVERNADOR VALADARES – Os municípios de Governador Valadares e Ipatinga estão entre as 200 cidades mineiras contempladas pelo Programa de Saneamento do Novo Acordo de Mariana, lançado nesta sexta-feira (18) pelo Governo de Minas Gerais. A iniciativa prevê um investimento de R$ 7,54 bilhões para promover a universalização do saneamento básico na Bacia do Rio Doce, com foco em ações de esgotamento sanitário e abastecimento de água.
O lançamento do programa ocorreu no Auditório JK, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, e contou com a presença de autoridades estaduais e federais. Entre elas, estavam o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, que conduziu o evento, e o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. Representando Ipatinga, participou o secretário municipal de Governo, Everton Campos.
“Estamos aqui representando Ipatinga em uma importante reunião com o vice-governador, onde foi apresentado esse investimento de R$ 7,5 bilhões em saneamento. Ipatinga está entre as cidades contempladas, e essa iniciativa terá um impacto direto na qualidade de vida e no desenvolvimento da nossa população”, destacou Campos.
O programa faz parte das ações de reparação e desenvolvimento vinculadas ao rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em novembro de 2015, em Mariana. O desastre ambiental deixou 19 mortos, devastou comunidades inteiras e causou sérios danos à Bacia do Rio Doce, afetando regiões de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Segundo o cronograma do projeto, entre agosto e novembro de 2025 serão realizados diagnósticos técnicos nos municípios participantes, incluindo visitas, análise das infraestruturas existentes e reuniões com representantes locais. Em 2026, será aberta uma consulta pública para ouvir a sociedade civil. Já entre 2026 e 2027, estão previstos os lançamentos dos editais de licitação das obras, com início das intervenções programado para setembro de 2027. A execução deve se estender até 2029, com as primeiras entregas previstas para setembro de 2030.
Além de melhorar a saúde pública, o programa busca valorizar os territórios atendidos, promover a proteção ambiental e estimular o desenvolvimento sustentável nas áreas beneficiadas.