Uma falha nos interruptores de controlo de combustível poderá ter sido a causa da queda do Boeing 787 Dreamliner da Air India, que ocorreu menos de um minuto após a descolagem, resultando na morte de 260 pessoas, entre as quais 241 passageiros e tripulantes.
O acidente, ocorrido a 12 de Junho, deixou apenas um sobrevivente a bordo. A investigação ainda está em curso, mas, segundo informações do site “The Air Current”, especializado em aviação, um corte de combustível terá sido o principal factor do desastre.
A aeronave, que perdeu altitude repentinamente ao atingir os 650 pés (198 metros) devido à falha dos motores, está a ser objecto de análise minuciosa pelos investigadores. Até o momento, não foi identificada nenhuma falha mecânica nos gravadores de dados de voo e de voz, nem há indícios de que o Boeing 787 apresentasse problemas de segurança conhecidos antes da descolagem.
Os interruptores de controlo de combustível são cruciais para regular a potência dos motores, garantindo que estes recebam a quantidade adequada de combustível. Uma falha neste sistema pode interromper o fornecimento de combustível e, consequentemente, fazer com que o motor deixe de funcionar.
Ainda não se sabe o que poderá ter causado o mau funcionamento dos interruptores, se foi resultado de uma ação não intencional ou imprópria. Contudo, John Cox, um especialista em segurança aérea, sublinhou que os interruptores do Boeing 787 foram projectados para evitar accionamentos acidentais. Ou seja, não é fácil accionar esses interruptores inadvertidamente, seja através do toque de mãos, braços ou outros objectos.
O voo AI 171 partiu do aeroporto de Ahmedabad, na Índia, com destino a Londres e transportava 230 passageiros, entre os quais onze crianças, além de um piloto, um co-piloto e dez tripulantes de cabine. Entre as vítimas encontram-se sete cidadãos com nacionalidade portuguesa. O único sobrevivente, um homem com dupla nacionalidade britânica e indiana, estava sentado no lugar 11A. O avião caiu numa área residencial, provocando a morte de 19 pessoas em terra, além das 241 vítimas a bordo.