Autor: Angela Maria Curioletti/Portal Minutta

Foto: Reprodução/Internet

O assunto sacolas plásticas em São Lourenço do Oeste (SC) continua sendo motivo de debates entre lideranças locais, entidades, órgãos públicos e a comunidade. A proposta de alteração na lei vigente – que regulamenta o acondicionamento de mercadorias em sacolas no comércio varejista do município – tem dividido opiniões.

O Portal Minutta teve acesso a um documento da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de São Lourenço do Oeste e que foi enviado à Câmara Municipal. Assinado pela equipe técnica da pasta, o ofício levanta temas importantes e deixa claro a posição contrária ao retorno da distribuição generalizada de sacolas plásticas, incluindo as “recicláveis biodegradáveis” nos moldes propostos.

“Acreditamos que o retorno ou a ampliação do uso de sacolas plásticas, mesmo que rotuladas como biodegradáveis, traria uma série de problemas ambientais significativos para o nosso município. É crucial entender que a problemática das sacolas plásticas não se limita apenas ao seu tempo de decomposição, mas a todo o ciclo de vida e, principalmente, à maneira como são descartadas, pois as substâncias resultantes de sua decomposição também são altamente poluentes”, informa a secretaria por meio do documento.

Pontos debatidos

– Eficácia questionável das sacolas “biodegradáveis” e “oxibiodegradáveis”;

– Poluição visual;

– Aumento de lixo a ser destinado para aterros sanitários;

– Aumento de sacolinhas em corpos hídricos;

– Entupimento de tubulações e sistemas de drenagem;

– Aumento de morte de animais por consumo de sacolas;

– Maiores riscos de deslizamentos de taludes;

– Aumento de casos de dengue;

– Longa durabilidade e contaminação por microplásticos;

– Alteração de ecossistemas e biodiversidade;

– Contaminação do solo e da água potável;

– Custos Econômicos para o Poder Público;

– Hábito cultural e desafios de fiscalização

Custos aos cofres públicos

No documento, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano informa sobre os custos significativos na remoção de sacolas plásticas da natureza e a gestão dos problemas decorrentes de seu descarte inadequado.

Conforme Censo de 2022, São Lourenço do Oeste tem 24.791 habitantes, e o custo anual para remoção de sacolas plásticas da natureza pelo município pode ser estimado em R$ 42.473,78. O cálculo feito pela equipe técnica levou por base a retirada de sacolas plásticas da natureza no Estado do Rio de Janeiro (estimada em R$ 15 milhões anualmente). Mas, outro custo a ser levado em consideração, diz o documento, “é o aumento dos gastos com desobstrução de bueiros, sarjetas, bocas de lobo e tubulações”. 

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano incentiva a adoção de alternativas verdadeiramente sustentáveis e a educação ambiental da população, a fim de proteger o meio ambiente e a saúde pública de São Lourenço do Oeste.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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