O acordo firmado pela C. Vale Cooperativa Agroindustrial com o Ministério Público do Trabalho (MPT), em Umuarama, institui um abrangente programa de gerenciamento de riscos ocupacionais, focado na prevenção de acidentes e na otimização das condições de segurança. Os termos do acordo preveem um prazo de dez anos para o cumprimento das medidas e vão abranger 11 unidades da cooperativa nas regiões Oeste e Noroeste do Paraná.
SAIBA MAIS
A deliberação ocorreu no âmbito da ação civil pública movida após a explosão de um silo da empresa em Palotina, em 2023. A tragédia no silo, que deixou dez mortos, entre eles oito haitianos e dois brasileiros, além de outros dez trabalhadores feridos, expôs graves falhas na gestão de riscos ocupacionais e na aplicação de medidas de segurança, conforme apurado pela investigação.
O procurador do Trabalho, André Vinícius Melatti, falou sobre a ação movida pelo Ministério Público do Trabalho após o acidente.
André Melatti pontuou as medidas que devem ser adotadas pela cooperativa.
A atuação do MPT contou com o apoio da Justiça do Trabalho e, durante as negociações, foram priorizados os municípios onde as unidades de trabalho são maiores e consequentemente têm mais trabalhadores e maquinários mais robustos. Nesses locais, as medidas serão implementadas antes. Segundo o órgão, durante as negociações, a C. Vale demonstrou abertura e colaboração para adotar as medidas necessárias.
Indenizações às famílias das vítimas
As indenizações às famílias das vítimas da explosão estão sendo tratadas de forma individualizada, por meio de ações e acordos judiciais em tramitação na Justiça do Trabalho. O objetivo desses procedimentos é garantir a devida reparação pelos danos causados, considerando as particularidades de cada caso.
Por meio de nota, a C.Vale informou que assinou acordo com o Ministério Público do Trabalho, em Umuarama, e se comprometeu a adotar medidas de prevenção de riscos em unidades armazenadoras de grãos. As medidas incluem melhorias físicas nas instalações e planos de prevenção de explosões em ambientes confinados, para fortalecer a proteção da saúde e a integridade dos funcionários.
A cooperativa informa, também, que todas as famílias das vítimas do incidente já receberam as devidas indenizações.