Por Redação PortalPortuario

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O Complexo do Pecém assinou neste mês de junho a renovação do pré-contrato com o consórcio formado pelas empresas Stolthaven Terminals e Global Energy Storage (GES), que deve atuar como operador da infraestrutura logística de amônia verde no Hub de Hidrogênio Verde.

O acordo representa um passo estratégico para consolidar o Pecém como um líder no movimento de transição energética em âmbito nacional e mundial.

Conforme o pré-contrato, o consórcio ficará responsável pela construção, operação e manutenção de toda a infraestrutura compartilhada ao pool dos produtores, necessária ao escoamento da amônia verde. Isso inclui uma rede de dutos ligando as plantas de produção aos tanques de armazenamento; tanques compartilhados para estocagem da amônia; uma segunda rede de dutos ligando esses tanques ao Píer 2 do Porto do Pecém; e a instalação de superestruturas no píer, como braços de carga, válvulas e demais componentes técnicos. Toda essa infraestrutura será instalada em uma área estimada de até 11,61 hectares.

A implantação ocorrerá em uma área greenfield e contará com três elementos principais: uma tubulação de aproximadamente 11,5 quilômetros ligando as áreas produtoras ao porto; unidades de armazenagem destinadas à consolidação de lotes de carga para exportação; e uma linha de exportação que conectará a tancagem ao Berço 4, que ainda será construído no Píer 2 do Porto do Pecém.

“O projeto busca garantir operações seguras, sustentáveis e com alta eficiência, respeitando os mais exigentes padrões internacionais de segurança industrial e proteção ambiental”, detalha Max Quintino, presidente do Complexo do Pecém.

O consórcio Stolthaven/GES terá exclusividade para operar até 2,5 milhões de toneladas por ano de amônia verde. No cenário inicial, o sistema de armazenagem será composto por tubulações isoladas e dois tanques de aço carbono de parede dupla, com capacidade individual de 65 mil metros cúbicos cada. O desenho poderá sofrer alterações, de acordo com o avanço dos empreendimentos dos produtores e a formalização de contratos comerciais com o operador.

Entre as obrigações previstas no pré-contrato, o operador deverá elaborar os projetos executivos básicos de engenharia, submetê-los à aprovação do Complexo do Pecém, buscar e obter todas as licenças de instalação necessárias junto aos órgãos competentes, firmar ao menos um contrato com produtor de amônia verde e garantir o cumprimento de todas as condicionantes previstas na licença prévia.


 

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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