A sobrevivência do programa nuclear iraniano parece envolta em toneladas de terra, escombros, pedra e poeira que as 14 bombas americanas lançadas no domingo sobre Fordow — joia da coroa das instalações nucleares do regime de Teerão — levantaram nas terríficas explosões. Segundo o Presidente Donald Trump, o programa terá sido “completamente obliterado”. Um documento da Agência de Informações de Defesa (secção do Pentágono especializada em informações militares, uma de 18 nesta área nos Estados Unidos) analisado por “The New York Times”, “The Washington Post” e a CNN sugeria que o programa iraniano fora atrasado alguns meses pelos bombardeamentos americanos e israelitas.
As revelações desencadearam uma vaga de acusações de traição pelo círculo próximo de Trump. “O documento é preliminar e claramente marcado como de baixa precisão” explicou o secretário da Defesa, Pete Hegseth. “Há aqui motivações políticas.” A sanguínea porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi mais perentória: “Todos sabemos o que acontece quando se larga 14 bombas de 13 mil quilos: obliteração total”, desdenhou. “Essa avaliação está errada. Como vamos confiar num documento alegadamente secreto, mas distribuído por um qualquer funcionário anónimo falhado, de baixo estatuto?”