Horas após o presidente americano Donald Trump declarar um cessar-fogo entre Israel e Irã, ambos os países relataram novas ofensivas. Tel Aviv informou que forças iranianas dispararam ao menos seis mísseis contra seu território, o que resultou na morte de três pessoas. Em resposta, Israel emitiu ordens de evacuação em bairros de Teerã, onde ocorreram explosões.

As declarações oficiais dos dois lados apontam divergências quanto à validade do acordo. O chanceler iraniano Abbas Araghchi afirmou que a trégua entrou em vigor, mas que as ações das Forças Armadas continuaram “até o último minuto”. Ele negou a existência de um cessar-fogo formal, mas disse que Teerã estava disposto a suspender os ataques se Israel fizesse o mesmo.

Segundo fontes da Casa Branca, o acordo foi costurado após diálogos diretos de Trump com o premiê israelense Benjamin Netanyahu, e articulações com Teerã por meio de integrantes do governo americano, incluindo o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff.

A sequência de ataques contradiz o anúncio de trégua e revela fragilidade na mediação americana. No fim de semana, os EUA haviam bombardeado instalações nucleares no Irã. Em retaliação, Teerã atacou a base americana de Al-Udeid, no Qatar, após alertar previamente os aliados. A ação não deixou vítimas. A ofensiva de Trump gerou desconforto em sua base política, que critica o envolvimento dos EUA em conflitos externos.

A tentativa de cessar-fogo veio em meio a queda de popularidade de Trump, registrada em pesquisa Ipsos/Reuters. O temor de um novo conflito de longa duração no Oriente Médio pressiona Washington e torna o fim da guerra uma urgência também interna.

Foto: Reprodução

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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