
Governo israelense confirmou a ofensiva com explosões provocadas em Teerã, mas declarou que irá interrompê-la (Foto – Reprodução)
Oriente Médio – Após o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado o início do cessar-fogo entre Irã e Israel, ambos trocaram acusações de ataques após o começo do acordo. Trump confirmou, na manhã desta terça-feira (24), a violação do que foi combinado entre os dois países, afirmando que tanto os iranianos, quanto os israelenses, quebraram aquilo estabelecido a fim de parar os conflitos, além de não ter gostado nada do descumprimento por parte de Israel.
O cessar-fogo entrou em vigor por volta das 2h00 desta segunda, horário de Brasília, conforme divulgou o presidente estadunidense. Mas, um porta-voz do comando militar do Irã declarou à TV estatal que Israel atacou o território iraniano depois do acordo da paralisação das ofensivas entre os países. O governo israelense confirmou a ofensiva com explosões provocadas em Teerã, capital iraniana, mas declarou que irá interrompê-la.
Trump, em comunicado em suas redes sociais, disse às forças militares de Israel:
“Israel, não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação. Traga seus pilotos para casa, agora!”, escreveu.
Os israelenses também acusaram os iranianos de violar o combinado. O Exército de Israel afirmou que um míssil foi lançado contra o país, na manhã desta terça (24), pelo horário local — madrugada, no horário de Brasília. A Embaixada do Israel no Reino Unido também condenou os ataques, negados pelo governo do Irã.
“Notícias sobre um ataque de míssil contra Israel após o acordo entrar em vigor são falsas”, declarou a agência Isna, ao citar a TV estatal.
O cessar-fogo ainda provoca ceticismo ao redor do mundo, tanto por parte dos países envolvidos diretamente do confronto, quanto daqueles que apenas observam diplomaticamente. O Irã afirmou que suas Forças Armadas desconfiam da palavra de Israel, por isso “manterão o dedo no gatilho” para contra-atacar qualquer ofensiva que vier a seguir, segundo a agência estatal iraniana Fars.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, se posicionou favorável à trégua nos confrontos, porém que é complicado cravar a durabilidade do acordo. A situação ainda é “prematura” neste momento, de acordo com Lavrov.
