Desinfecção na granja onde houve contaminação de galinhas por gripe aviária foi concluída na quarta-feira. Foto: Seapi

A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul informou, neste sábado (24), que, após a confirmação de casos de influenza aviária em aves de uma granja no município de Montenegro e no Zoológico de Sapucaia do Sul, foi realizado o levantamento completo das pessoas que tiveram contato com os animais infectados ou mortos.

Segundo o Plano de Contingência do Estado para IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) em humanos, os indivíduos expostos devem ser monitorados para o surgimento de sinais e sintomas. O protocolo define casos suspeitos aqueles que apresentem sintomas, por um período de até dez dias após a última exposição conhecida às aves e outros animais.

Além disso, para que um caso humano seja oficialmente considerado suspeito é necessário que haja, simultaneamente, evidência clínica (presença de sintomas) e evidência epidemiológica.

Cinco suspeitas descartadas

Desde o dia 16 de maio, trabalhadores e funcionários desses locais estão sendo monitorados pela vigilância com o objetivo de identificar sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso suspeito, conforme os protocolos estabelecidos para a vigilância da doença.

Até o momento, cinco pessoas expostas, dois trabalhadores da granja e três funcionários do zoológico, apresentaram sintomas gripais. Todos tiveram contato com aves doentes permanecendo em isolamento domiciliar.

As coletas de amostra foram realizadas no mesmo dia da notificação dos casos e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/RS) que enviou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro (RJ), laboratório de referência nacional para vírus respiratórios. Os cinco casos foram descartados para Influenza H5N1.

Baixo risco

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforça que o risco de infecção por influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, em humanos, é considerado baixo e a transmissão entre pessoas é extremamente limitada.

As autoridades também reforçam que não há qualquer risco no consumo de carne de frango e ovos. Na última quarta-feira (21), foi concluída a desinfecção da granja onde ocorreu o primeiro foco do Brasil em criação comercial e nenhum outro caso em animais foi confirmado no RS.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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