Uma parceria crucial para o desenvolvimento deste artigo foi Daniele Maffei, docente da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP. Um estudo prévio da professora apontou uma associação entre o aumento do comércio de vegetais minimamente processados prontos para o consumo (VPC) e a ocorrência de surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTAs).

Durante o processamento industrial dos VPCs, a desinfecção é a principal etapa de inativação de microrganismos. Porém, após a internalização da S. Typhimurium, processos de higienização tornam-se ineficientes, pois ela já foi internalizada nos sistemas radiculares da planta. Além disso, Daniele Maffei comprovou que, muitas vezes, a lavagem mal feita pode tornar os vegetais suscetíveis à contaminação cruzada.

Bernadette Franco afirma que a regulamentação e fiscalização do manuseio de vegetais no Brasil deixa a desejar, tanto no campo quanto na indústria. No campo, o esterco utilizado como fertilizante, os animais, o solo de cultivo, a água de irrigação e os equipamentos de plantio são potenciais fontes de salmonelas. Na pós-colheita, descuidos durante a manipulação, transporte, armazenamento, embalagem e preparo dos vegetais podem propiciar a contaminação.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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