DEFESA CIVIL
Pessoas que gostam de ajudar o próximo encontraram no recrutamento de voluntários da Defesa Civil uma oportunidade de praticar solidariedade. Em menos de duas semanas, mais de 20 pessoas procuraram a superintendência do órgão para se disponibilizar a prestar serviços voluntariados, sem remuneração. Alguns deles poderão atuar ainda este ano, caso haja enchente. Contudo, as ações voluntárias não se restringem a situações de risco. As áreas de atuação serão inúmeras. Serão possíveis o desenvolvimento e a execução de atos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos, de assistência social e de socorro imediato a emergências e desastres humanos ou naturais. Os voluntários são recrutados com base no decreto 8.190, do dia 10 deste mês, que institui o serviço de voluntariado em Defesa Civil no âmbito da administração estadual. Sei que posso ajudar a salvar vidas caso ocorra algum desastre, então por que não ajudar?, pondera o microempresário Israel Eliel de Oliveira. Ele se cadastrou para ser voluntário de defesa civil e afirma que está pronto para agir a qualquer hora. Israel já realizou outros tipos de serviço de caráter voluntário no Juizado de Menores. Além de gerenciar sua empresa de segurança privada, ele é rádio-amador, o que, em sua visão, poderá ajudar na comunicação na hora de exercer as atividades junto à Defesa Civil. Não tenho habilidades específicas, mas o importante é o espírito de iniciativa, comenta, entusiasmado. A Defesa Civil ainda não estabeleceu quais serviços serão exercidos pelos voluntários, mas, apesar de passarem por treinamentos de primeiros-socorros e outros, o órgão afirma que nem todos irão trabalhar em áreas de risco, como nos locais onde há casos de alagamentos e incêndios. Temos que avaliar a capacidade e a vocação de cada um. O nosso compromisso com essas pessoas é muito grande, afirma o coordenador de Gestão de Fogo do órgão, Major Lázaro Nunes. Apesar da afirmação do Major, há um grupo de 23 pessoas que se dizem prontas para ir a locais de acesso remoto. A equipe é composta por jipeiros, que antes mesmo de cogitarem a hipótese de atuar como voluntários da Defesa Civil, eles já faziam trilhas nas regiões pantaneiras para ajudar os habitantes dessas áreas. Há cinco anos, deixamos os rallys convencionais para fazer trilhas solidárias. No dia das crianças, distribuímos brinquedos para os pantaneiros. Nosso lema é ajudar o próximo que não está próximo, afirma a funcionária pública Mércia Auxiliadora.