O senador Rogério Marinho, pré-candidato a governador, prepara andanças no início de abril com o projeto chamado Rota 22, percorrendo as regiões do Rio Grande do Norte. A ideia será bancada pelo PL, e o plano já virou nacional, mas vai começar pelo Nordeste, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, maior estrela do PL, mesmo estando inelegível para 2026. Sabendo que hoje não lidera as pesquisas e que existem nomes melhores como Allyson Bezerra (União Brasil), Styvenson Valentim (PSDB) e Álvaro Dias (Republicanos), Rogério quer alavancar seu nome.
Esta semana, o deputado estadual José Dias (PL) defendeu a candidatura de Rogério Marinho ao Governo, e chegou a fechar até a chapa com Styvenson e Álvaro para o Senado, descartando composição com Allyson. Nas últimas horas, coube ao deputado mais bolsonarista do RN, Coronel Azevedo (PL), entrar no arco de defesa do nome de Rogério para governador. “O desejo do povo potiguar é ter Rogério Marinho no Governo do Estado, visto que foi um desastre a gestão do PT”, declarou. Nos próximos dias, os deputados Tomba Farias e Gustavo Carvalho, ambos do PL, também vão fazer declarações a favor de Rogério. Os dois estão em Portugal, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL 2025), a maior feira de turismo de Portugal.

Rogério coloca deputados do PL para defenderem seu nome para governador – Foto: José Aldenir / Agora RN
RESPOSTA
A Coluna Opinião comentou antes do Carnaval que os senadores Rogério Marinho e Styvenson, além do prefeito de Natal, Paulinho Freire, não iam dar declarações a favor do nome de Álvaro Dias como candidato da oposição ao Governo do Estado. Para chamar a atenção da mídia, o ex-prefeito de Natal lançou seu nome sem combinar com os líderes da direita. Álvaro sabe que a turma só o quer como senador. O Plano B real é candidatar a deputado federal.
INELEGÍVEL
Tramita na 4ª Zona Eleitoral de Natal uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que, além de pedir a cassação de Paulinho Freire, da vice Joanna Guerra e de dois vereadores do Republicanos, tem como alvo Álvaro Dias, que poderá ficar inelegível por oito anos, por abuso de poder econômico e político nas Eleições 2024. Até a ex-vereadora Margareth Régia, do Republicanos, é testemunha contra Álvaro Dias. Um especialista em direito eleitoral disse que a situação de Álvaro e dos vereadores é mais complicada hoje que a de Paulinho e Joanna.
INSTITUCIONAL
O deputado Nelter Queiroz (PSDB) acompanhou uma reunião do prefeito Canindé da Farmácia (São Rafael) com a governadora Fátima Bezerra, na Governadoria. Ele evitou postagem no feed do Instagram. O secretário Raimundo Alves (Casa Civil) participou das conversas.
SEM FEDERAÇÃO
O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, declarou ter comunicado aos líderes do PP e do União Brasil que a bancada do seu partido não integrará uma federação. “Em reunião realizada no dia 4 de fevereiro, os deputados, de maneira quase que unânime, entenderam ser melhor o Republicanos seguir independente”, escreveu.
UNIÃO E PP
Já o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), convocou os senadores, deputados federais e presidentes de diretórios do partido para definir sobre a federação com o União Brasil. A deliberação está marcada para a próxima terça-feira 18. Se for para a frente, o bloco passará a ter 109 dos 513 deputados federais.
RN
Com a nova realidade, João Maia, do PP, e a turma do União Brasil terão que caminhar juntos. João vai se somar aos deputados Benes Leocádio e Carla Dickson na defesa da candidatura de Allyson Bezerra como governador. O ex- -senador José Agripino anda radiante com a nova federação. Somente o prefeito Paulinho Freire continua firme com a opção de Rogério Marinho como governador.
CHAPÃO
Robinson Faria já planeja assinar a ficha do PP, quando se confirmar a federação com o União Brasil. No RN, a composição teria cinco deputados federais: Benes, Carla, João Maia e Robinson, além de tentar atrair Sargento Gonçalves, de saída do PL. Além de Carla Dickson, existe a candidatura de Nina Souza pelo União Brasil. Na nominata, só faltaria mais uma mulher e outro nome para fazer os nove candidatos a deputado federal. Eles acham que asseguram quatro cadeiras. Só um perderia.