O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o curso de Enfermagem é um dos que não devem mais ser autorizado a ter aulas a distância nas novas normas que serão divulgadas pelo governo federal para o setor. “A área da saúde, por exemplo, Enfermagem, quando chegamos ao ministério, 40% das matriculas que estavam sendo autorizadas eram a distância. Nós suspendemos isso e com certeza essa vai ser uma das áreas que vamos garantir 100%”, afirmou, durante o evento Educação Já, promovido pelo Todos pela Educação, nesta quinta-feira, 13, na Bienal do Ibirapuera, zona sul de São Paulo.

Enfermagem é um dos cursos que têm atraído faculdades interessadas em investir no EAD Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Segundo o ministro, essa publicação, por meio de decreto, deve sair “nos próximos dias”. “Está passando por avaliação da Casa Civil, conversei com o presidente e deverá nos próximos dias ser assinado e publicado”, disse Camilo.

O Brasil tem hoje 193.235 estudantes de Enfermagem em cursos EAD. A área está entre as dez com mais alunos nessa modalidade não presencial, que inclui ainda Pedagogia, Administração e Sistemas de Informação.

Desde o início da sua gestão da pasta, em janeiro de 2023, Santana, indicou que faria mudanças no setor, em meio a críticas quanto à qualidade do cursos e a facilidade para abertura de novos polos de EAD, autorizada pelo governo federal a partir de 2018. Especialistas, mesmo os que defendem a EAD, também concordam que o mercado estava desregulado.

O EAD é uma opção mais barata e acessível de ensino superior, sobretudo para quem trabalha ou vive em áreas mais distantes dos grandes centros. Uma atuação mais rígida na área poderia afetar grande parte dos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que sofre com crise de popularidade.

Além disso, o EAD é dominado no País pelos grandes grupos de ensino superior privado, que têm tentado influenciar o governo para medidas que não prejudiquem o setor. Nove instituições têm 67% dos 4,1 milhões de alunos em graduação a distância no País.

Esses entraves estariam, segundo o Estadão apurou, adiando a assinatura do decreto pelo presidente.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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