Ex-jogador de futsal e empreendedor esportivo, Santiago vive na Ucrânia desde 2012. Ele deixou o país entre fevereiro de 2022, no início do conflito, mas em agosto de 2023, quando voltou para a capital, notou a intensificação recente dos ataques. “Os últimos dias, desde que começou a discussão sobre um possível tratado de paz e possíveis eleições [na Ucrânia], o negócio está bem feio. São muitos ataques, que duram cinco, seis horas, com muitos drones, muito barulho de explosões”, disse.
“Já vai fazer uma semana [que os ataques continuam], sem parar. Não me lembro quando tivemos tantos ataques em uma semana seguida, com tantos drones e mísseis”, testemunhou o brasileiro.
Uma mulher de 44 anos ficou ferida na região de Kiev, e casas foram danificadas, de acordo com a administração militar regional. Segundo o Ministério do Interior da Ucrânia, uma mulher também ficou ferida em Zhytomyr, depois que um edifício foi atingido por estilhaços, e outros dois moradores foram atingidos em um ataque de drone na região de Soumy, perto da fronteira com a Rússia.
Moscou alega ter como alvo a “infraestrutura do aeródromo militar” ucraniano. “Os objetivos do ataque foram alcançados”, disse o ministério russo da Defesa.
A ofensiva aconteceu no momento em que a invasão russa à Ucrânia completa três anos. Para marcar a data, vários líderes estrangeiros estiveram em Kiev, nesta segunda-feira (24), para levar apoio à população e ao presidente Volodymyr Zelensky, em um momento crítico da guerra.
Durante a visita dos líderes estrangeiros, um alerta de ataque aéreo também foi emitido em toda a Ucrânia.