Laboratório PCS Saleme tinha sede em Nova Iguaçu, na Baixada FluminenseArquivo / Renan Areias / Agência O Dia
A primeira audiência acontecerá na 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu com depoimentos de testemunhas escolhidas pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) e pelas defesas, além do interrogatório dos réus.
– Walter Vieira, sócio;
– Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, sócio e filho de Walter;
– Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico do laboratório;
– Jacqueline Iris Barcellar de Assis, auxiliar administrativa;
– Cleber de Oliveira Santos, biólogo;
– Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica.
Infecção por HIV
A contaminação foi descoberta no dia 10 de setembro de 2024 quando um paciente transplantado chegou em um hospital com sintomas neurológicos e teve resultado para HIV positivo. Logo depois, amostras dos órgãos doados pela mesma pessoa foram analisadas e outros dois casos confirmados. Ao todo, houve seis registros de contaminados. Segundo o apurado, o laboratório emitiu laudos falsos nos exames de sorologia dos pacientes.
As investigações da Delegacia do Consumidor (Decon) indicaram que os laudos falsificados foram utilizados pelas equipes médicas, induzindo-as ao erro, o que levou à contaminação. Segundo a polícia, os reagentes dos testes precisavam ser analisados diariamente, mas as investigações apontaram que houve determinação para que fosse diminuída a fiscalização, que passou a ser feita semanalmente, visando a redução de custos e aumento de lucros.
Os responsáveis pela empresa têm vínculo parentesco com o ex-secretário Estadual de Saúde Dr. Luizinho. Walter Vieira, um dos sócios administradores, é casado com Ana Paula Vieira, tia materna do ex-secretário. Matheus Sales Teixeira Vieira, filho de Walter, também é sócio administrador da empresa e primo de Dr. Luizinho.