A mais recente pesquisa do Instituto Datafolha revelou um cenário desafiador para o governo Lula III. Apenas 24% dos brasileiros avaliam a gestão como positiva, representando uma queda expressiva em relação aos 35% registrados no final de 2024. Por outro lado, a reprovação subiu para 41%, o pior índice desde o início do mandato.
A insatisfação tem se espalhado pelo país, inclusive em redutos eleitorais historicamente favoráveis ao petista.
No Nordeste, região onde Lula sempre encontrou amplo respaldo, o descontentamento cresce à medida que questões como inflação elevada, aumento da violência e falta de investimentos estruturais se tornam mais evidentes.
Trabalhadores informais e pequenos empreendedores, que antes viam no governo um aliado, agora demonstram frustração com a carga tributária e a falta de incentivos para a economia.
Além dos desafios com a opinião pública, Lula enfrenta obstáculos no Congresso. A recente eleição para a liderança da Câmara e do Senado colocou em destaque políticos que prometem independência em relação ao governo, dificultando ainda mais a implementação de projetos estratégicos da atual administração.
O risco de enfrentamentos legislativos e derrotas em votações cruciais aumenta, especialmente diante de uma base governista fragilizada.
Diante desse cenário, o Planalto busca minimizar os impactos da pesquisa, alegando que oscilações nos índices de popularidade são normais e que a economia deve apresentar sinais de recuperação nos próximos meses.
No entanto, a realidade imposta pelos números aponta para um governo sob forte pressão, com o desafio de reverter a queda de popularidade e recuperar a confiança do eleitorado antes que o desgaste se torne irreversível.
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