Estima-se que, em um ano, uma pessoa coma mais de meio quilo de microplásticos. Os pedaços, de menos de 5 milímetros, se fragmentam de plásticos maiores ou já são pequenos, como o glitter, por exemplo. Dispersados no solo, eles chegam aos humanos não só através da alimentação: também estão presentes em cosméticos, roupas e embalagens.

Como você já leu no Giz Brasil, os microplásticos oferecem diversos riscos relacionados à ingestão, assim como os nanoplásticos. Eles provocam inflamação crônica no corpo enquanto o sistema imunológico tenta combatê-los. Anteriormente, pesquisas já detectaram a presença desses materiais em placentas e até testículos, sugerindo uma possível explicação para o declínio na contagem de espermatozoides.

Devido à sua ampla presença, fica difícil evitar a exposição aos microplásticos, mas algumas dicas podem ajudar. Veja abaixo:

1. Prefira roupas de fibras naturais

Opte por tecidos de algodão, lã, seda e linho, que são mais sustentáveis, enquanto as fibras sintéticas liberam microplásticos durante a lavagem. Isso porque materiais como poliéster, nylon e acrílico soltam microfibras de plástico. Dessa forma, contaminam corpos d’água, como rios e mares e, consequentemente, organismos aquáticos dos quais nos alimentamos. Além disso, a exposição a náilon e poliéster leva a sintomas respiratórios como tosse, falta de ar e chiado, associada a doenças pulmonares devido à permanência de partículas não degradáveis nos pulmões.

2. Lave roupas sintéticas corretamente

Evite lavar roupas sintéticas excessivamente e espere a máquina encher para lavá-las, a fim de evitar a fricção na higienização. Também use menos sabão e amaciante e escolha ciclos de lavagem mais curtos. Outras opções são utilizar filtros na máquina de lavar para capturar as microfibras de plástico e colocar as peças em sacos próprios para lavagem.

3. Escolha bem cosméticos e produtos de higiene

Verifique a composição dos produtos, pois alguns deles utilizam microplásticos para esfoliar a pele, como bolinhas coloridas de polietileno e polipropileno. Dê preferência a cosméticos com partículas abrasivas biodegradáveis ou formuladas a partir de ingredientes naturais, como sementes, cascas, arroz, sal e açúcar.

Em geral, evite produtos com microsferas de plástico, como os glitters, prejudiciais ao meio ambiente. Pastas de dentes, sabonetes e detergentes também merecem atenção. Na dúvida, consulte sites que listam produtos que contêm microplásticos e prefira produtos naturais ou orgânicos.

4. Ferva e filtre a água da torneira

De acordo com o Viva Bem Uol, a fervura da água da torneira pode eliminar até 80% dos microplásticos, já que altas temperaturas solidificam o calcário, ao qual os microplásticos se unem. Em seguida, basta usar um filtro, como de café, para remover os resíduos sólidos.

5. Descarte o lixo adequadamente e recicle

Quando plásticos maiores se degradam na natureza, eles podem formar microplásticos. Por isso, é necessário evitar descartar lixo no meio ambiente e recolher os que encontrar por aí sempre que possível. Além disso, é importante também buscar seguir as diretrizes de reciclagem locais e entregar os recicláveis limpos e secos à coleta seletiva. E, se possível , fazer compostagem do lixo orgânico.

6. Substitua o plástico por outros materiais

Por fim, a forma mais fácil de fugir dos microplásticos é… evitar plásticos em geral! Usar objetos como ecobags, escovas de dente de bambu, xampu em barra, sabão de coco e bucha vegetal ajuda a reduzir o fluxo de resíduos no ambiente. Já na cozinha, prefira utensílios de vidro, aço inoxidável ou madeira, diminuindo a dependência do plástico na cozinha.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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