Neste domingo (24), João Pessoa lembra uma das páginas mais dolorosas da sua história: a tragédia da Lagoa. O acidente, que aconteceu no dia 24 de agosto de 1975, completa 50 anos e deixou 35 mortos em pleno Centro da capital paraibana.
Naquele domingo, a área da Lagoa, cartão-postal da cidade, estava tomada por pessoas que aproveitavam o fim de semana em meio às atrações montadas pela prefeitura. O que ninguém esperava era que parte da galeria subterrânea que margeava o Parque Solon de Lucena não resistisse à pressão da água e desabasse, arrastando dezenas de pessoas para dentro da estrutura.
Os relatos da época, conforme apurou o F5 Online, descrevem cenas de desespero: famílias inteiras sendo levadas pela força da água, buscas desesperadas por sobreviventes e a cidade paralisada diante da tragédia. Entre as vítimas estavam crianças, jovens e adultos, muitos que tinham ido apenas passear na Lagoa naquele domingo.
O episódio expôs falhas estruturais na obra da galeria pluvial, inaugurada pouco tempo antes, e levantou questionamentos sobre a responsabilidade do poder público. O caso gerou repercussão nacional e entrou para a memória coletiva de João Pessoa como o maior desastre urbano já registrado na capital.
Passadas cinco décadas, a Lagoa segue sendo um dos símbolos da cidade, mas a lembrança da tragédia ainda emociona parentes das vítimas e testemunhas que viveram aquele dia. Para muitos, a data é um convite à reflexão sobre planejamento urbano, segurança e preservação da memória histórica.
Hoje, a Lagoa é um espaço de lazer, onde acontecem eventos, atividades recreativas e a população desfruta dos parques que a cercam. No entanto, vez ou outra, mortes por afogamento ainda são registradas no local.