Em julho, o Governo Federal realizou uma cerimônia oficial em Linhares (ES) para anunciar o novo programa de auxílio emergencial voltado às vítimas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).

O advogado-geral da União, Jorge Messias, destacou que a iniciativa contou com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçando o compromisso do governo com a reparação social e econômica das regiões afetadas.

O programa será destinado a cerca de 22 mil pescadores e 13,5 mil agricultores familiares. Este grupo terá acesso a pagamentos mensais que visam amenizar os impactos econômicos sofridos nos últimos anos devido ao desastre ambiental.

Valores e duração das parcelas

O auxílio emergencial terá a seguinte estrutura:

  • Pagamento de 1,5 salário mínimo por 36 meses;
  • Pagamento de 1 salário mínimo por mais 12 meses.
    No total, os beneficiários receberão 48 parcelas. O investimento inicial necessário foi de R$ 3,7 bilhões, com participação da mineradora Vale do Rio Doce.

Um Comitê de Governança foi criado, incluindo representantes das comunidades atingidas, para garantir transparência na execução do programa. Cada projeto e obra será acompanhado de perto, com ênfase na escuta das necessidades dos beneficiários.

Indenizações adicionais

Além das parcelas mensais, o programa prevê indenizações:

  • R$ 35 mil para pessoas e empresas afetadas;
  • R$ 95 mil para pescadores e agricultores familiares.

Alcance do programa

Inicialmente, o programa atingiu 300 mil pessoas, das quais 102 mil já receberam os pagamentos declarados, garantindo assistência financeira imediata.

O INSS reconheceu o tempo de contribuição dos pescadores entre 2015 e 2024, com ressarcimento previdenciário feito pela Samarco, fortalecendo os direitos trabalhistas e previdenciários da categoria.

O programa realocará outros R$ 7,8 bilhões para povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, ampliando o alcance da reparação social e garantindo inclusão de grupos historicamente vulneráveis.

O acordo com o Rio Doce prevê R$ 132 bilhões destinados a ações de reparação ao longo de 20 anos, contemplando programas sociais, ambientais e econômicos para reconstrução e desenvolvimento sustentável da região.

Critérios de elegibilidade

  • Registro oficial como pescador ou agricultor familiar;
  • Residência em municípios afetados pelo desastre;
  • Participação em programas sociais vinculados à reparação ambiental.

Comitês de fiscalização e órgãos de controle, juntamente com a sociedade civil, garantem que os recursos sejam aplicados corretamente, promovendo confiança e participação ativa dos cidadãos.

Com governança ativa, transparência, participação da sociedade civil e apoio de órgãos públicos, o programa estabelece um modelo de responsabilidade social que combina recursos públicos e privados, assegurando que cada centavo seja destinado à recuperação das famílias e da região afetada.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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