Até o momento, seis famílias foram atendidas com o auxílio emergencial no valor de R$ 1 mil. Elas tiveram o imóvel totalmente interditado e não possuíam rede de apoio ou possibilidade de acolhimento em casa de parentes na cidade. O benefício foi concedido após avaliação da subprefeitura da Mooca com cada família atingida pelo acidente.

Cintia Garcia mora de aluguel a algumas casas de onde foi a explosão. Ela contou que teve as janelas e portas estouradas, e que o proprietário da casa já começou a arcar com os custos da reforma do próprio bolso:

“A gente viu que, em questão da prefeitura, eles iam dar prioridade para as outras casas, para as pessoas que realmente perderam tudo, e a gente ia acabar ficando em espera. E não dá para esperar em uma casa sem janela, com criança, os vidros quebrados. Então, a gente, por si mesmo, já começou a resolver os assuntos. Se vir depois os R$ 1 mil, a gente, pelo menos, está com a nossa casa se reerguendo depois de tudo isso. Todo mundo com plástico nas janelas, todo mundo dando um jeito de fechar as portas até conseguir resolver tudo certinho”, relatou.

Casas continuam interditadas após explosão no Tatuapé — Foto: Maria Cecília Dallal/CBN

A monitora de perua escolar Joice Rocha agradeceu pelas doações que tem ajudado os moradores atingidos:

“A prefeitura não deu assistência nenhuma em nenhum momento para nenhum dos moradores que sejam de aluguel. Apenas quem vai receber, foram algumas pessoas que são proprietários. Porém, a gente tem muitas pessoas doando. Para quem não pode cozinhar, eles estão trazendo marmitas, almoço e janta. O amparo é mais solidário do que o da prefeitura”, denuncia.

A legislação atual estabelece um prazo de cinco dias para começar as obras necessárias para desinterditar as casas, mas sem prazo previsto para a conclusão desses reparos. No entanto, nessa ocorrência em específico, esse prazo foi suspenso por ter sido um caso excepcional.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo afirmou que vai elaborar laudos técnicos das casas atingidas para prestar apoio às famílias na reconstrução das residências.

A investigação continua em andamento. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o inquérito policial do caso trabalha para identificar todos os envolvidos, incluindo eventuais fornecedores do material apreendido.

Baloeiro morreu na explosão

O baloeiro Adir de Oliveira Mariano, de 46 anos, morreu na explosão. Ele era morador da casa usada como depósito de fogos de artifício e suspeito de armazenamento ilegal dos itens.

Moradores disseram não saber da atividade ilegal de Adir. A mulher do baloeiro também foi ouvida e disse que não sabia da existência do depósito nos fundos da casa.

Em 2011, ele foi investigado pela Polícia Civil por soltar balões com fogos de artifício em São José dos Campos, interior do estado. Além da morte, a explosão também deixou dez pessoas feridas.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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